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.Alimentação contra a perda da massa muscular

Cada vez mais em evidência com o envelhecimento da população, a sarcopenia é caracterizada por uma perda da massa muscular que ocorre naturalmente com o avançar da idade, um processo que tem repercussões na saúde e na capacidade funcional. As principais estratégias para prevenir e tratar a condição envolvem a prática de exercícios físicos (em especial as atividades que trabalham força muscular) e a alimentação adequada, principalmente no que concerne ao consumo de proteínas.

Um estudo denominado PROT-AGE, realizado pela European Union Geriatric Medicine Society, recomenda a ingestão proteica diária de 1 a 1,2 grama por quilo de peso para pessoas acima de 65 anos. Isso seria a quantidade desejável para manter a massa muscular em dia. Para idosos fisicamente ativos, sugere-se que esse consumo seja superior a 1,2 g/kg por dia. Além do fator atividade física, a presença de doenças agudas ou crônicas faz aumentar a necessidade de proteína: a orientação é de 1,2 a 1,5 g/kg do peso – exceção é feita à doença renal crônica em tratamento conservador.

A quantidade de proteína ingerida nas refeições é um aspecto fundamental no controle da sarcopenia. Isso porque, em comparação com os mais jovens, os idosos necessitam de maior quantidade desse nutriente para promover o adequado estímulo à síntese proteica muscular – com a idade, há uma espécie de resistência natural à capacidade de o organismo usar recursos para construir e repor as proteínas do músculo. Por isso, no mesmo estudo PROT-AGE, temos a recomendação de que idosos devem ter refeições contemplando de 25 a 30 gramas de proteínas.

Para que a proteína seja devidamente destinada à musculatura, também é necessário que a ingestão de energia esteja adequada. Ainda que o aporte calórico em idosos possa ser menor que o de pessoas mais jovens, é de suma importância manter refeições com um bom valor energético e monitorar o peso e a composição corporal a fim de verificar e alterar o plano alimentar, se preciso.Além da quantidade ofertada, a qualidade da proteína também deve ser levada em consideração. Pesquisas evidenciam que proteínas com alto conteúdo de leucina e de rápida digestão, como as do soro do leite, são mais efetivas para promover a restauração e o crescimento muscular. Associadas aos exercícios, são particularmente bem-vindas para reduzir o risco de sarcopenia.

No que diz respeito a outros nutrientes, como os carboidratos e gorduras, as recomendações de ingestão não diferem com o envelhecimento, devendo seguir o que estabelece a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em relação às gorduras, deve-se priorizar o consumo de ácidos graxos insaturados (azeite de oliva, pescados, nozes e castanhas etc) e evitar que mais de 10% das calorias sejam provenientes de gordura saturada (manteiga, óleo de palma, miúdos…).

Da mesma maneira, a obtenção de vitaminas e minerais deve obedecer aos padrões da Ingestão Dietética de Referência (DRIs), não havendo a necessidade de suplementação caso a dieta já esteja suprindo as necessidades.

A hidratação adequada também é fundamental, tendo em vista que, com o envelhecimento, há redução do conteúdo de água corporal, bem como da sensação de sede. Logo, idosos entram no grupo de risco para desidratação e desequilíbrio eletrolítico (um desbalanço entre minerais cruciais a diversas funções do organismo). A ingestão hídrica recomendada é de 20 a 45 mililitros por quilo de peso diariamente. Contudo, esse valor sofre variações dependendo da situação, como nível de atividade física ou aumento da temperatura do ambiente.

O acompanhamento com um nutricionista minimiza o risco de sarcopenia assim como contribui para o manejo da condição. Na elaboração do plano alimentar, o profissional irá considerar fatores como condições socioeconômicas, estado de saúde, capacidade de mastigação, intolerâncias alimentares, entre outros. Desse modo, poderá individualizar as condutas para que o atendimento seja coerente, acessível e reflita na melhor expectativa e qualidade de vida do indivíduo.

*Audrey Yule Coqueiro é nutricionista, doutoranda em nutrição pela Universidade de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (Sban). Marcelo Macedo Rogero é nutricionista, professor da Universidade de São Paulo e membro da Sban

A indústria do calcário em Mato Grosso está otimista para esse ano. Depois de uma crise em 2015 que culminou numa queda de 15% na procura pelo insumo, vem gradualmente se recuperando. Em 2018, o segmento espera ultrapassar os índices de 2004 e 2012 que foram os maiores já atingidos pelo setor na ordem de 6, 4 milhões de toneladas. Hoje, o Estado conta com 34 industrias de Calcário, que juntas somam uma capacidade instalada de 14 milhões de toneladas, operando com uma ociosidade de mais de 50%, o que garante um bom atendimento ao agricultor mesmo que essa demanda aumente repentinamente.

Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop, anima o setor trazendo a luz da ciência às práticas dos produtores. Dados do estudo apontam que a fórmula tradicional usada pelos produtores, baseada em manuais da Embrapa no Sul do país, é insuficiente para as características do solo ácido do cerrado mato-grossense. O produtor, em média, só usa 2 toneladas do insumo, quando deveria usar 4 ou 5 toneladas, conforme aponta a pesquisa da UFMT, liderada pelo professor doutor Anderson Lange. O estudo começou a ser realizado e catalogado em 2014.

Os resultados observados ao longo dessas quatro safras vêm entusiasmando a equipe do pesquisador. Em meio às análises técnicas, uma observação importante: essa fórmula de calcariar também se aplica à pecuária. Apesar dos pecuaristas não terem a prática usual de adubar e calcariar o pasto, esse procedimento também é necessário, o que revela que há uma demanda represada por mais calcário no Estado. Mais calcário no pasto, sinônimo de pastagem mais robusta e nutritiva para engorda do rebanho.

Em pesquisa mais recente, a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal) apontou que foram comercializadas em todo o Brasil 33 milhões de toneladas de calcário em 2016. Mato Grosso se destaca entre os maiores Estados produtores de calcário do Brasil. No Estado temos 20 empresas que comercializam calcário e contam com 34 plantas industriais sendo a grande maioria filiada ao Sindicato das Indústrias de Extração do Calcário do Estado de Mato Grosso (Sinecal-MT).

E o mercado já percebe o potencial desse nicho, dado que a mão-de-obra do segmento representa 1.400 empregos diretos e 7.000 indiretos. Desses 7.000, 4.000 englobam a área de transporte (caminhoneiros, chapa e frete). Cerca de 47% do calcário em Mato Grosso sai de Nobres (distante 151 km de Cuiabá). O município produz 2,9 milhões de toneladas.

Além de Nobres, comercializam calcário agrícola os municípios de Jangada, Cáceres, Cocalinho, Tangará da Serra, Nova Xavantina, Porto Estrela, Primavera do Leste e Paranatinga. O faturamento bruto do setor movimenta R$ 350 milhões ao ano. Se considerarmos o frete a essa conta o valor que circula na economia regional em função do mercado de calcário aumenta em R$ 500 milhões. Ou seja, ao ano o setor de calcário mais o seu respectivo frete, movimenta R$ 850 milhões ao ano.

Dentro desse valor total, uma receita considerável é destinada ao pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre energia e insumos de produção. Principais impostos que incidem sobre o calcário são PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), CFEM (Compensação financeira pela exploração dos recursos minerais) IR (Imposto de Renda) e ICMS sobre a brita.

O preço médio do calcário agrícola em Mato Grosso é de R$ 53,00 a tonelada. É um dos segmentos industriais mais antigos de Mato Grosso e foi seu desenvolvimento que permitiu dar suporte para o início e expansão das atividades agrícolas em larga escala no Estado na década de 1970, período em que migrantes de vários pontos do Brasil, sobretudo de São Paulo e do Sul, vieram para Mato Grosso em busca do sonho brasileiro de aquisição e terra e prosperidade.

Por não ser poluente, o calcário é aliado da sustentabilidade, além de ser aceito em diferentes tipos de solo e perfis de atividades agropecuárias (como o cultivo de soja e milho, por exemplo). A extração do insumo é feita em áreas de pequeno porte. A exploração de calcário no Estado de Mato Grosso abrange uma área de apenas 700 hectares somando as 34 industrias.

Depois de extraídas, essas áreas passam por um manejo para recuperação ambiental, sob supervisão e norma do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Produção

Na semana em que se aproxima a data em que é comemorado o Dia do Calcário Agrícola, 24 de maio, o pesquisador da UFMT de Sinop reforça a necessidade de maior incentivo ao uso da calagem para correção da acidez do solo. “Calcário a mais na lavoura não é luxo ou exagero. É garantia de mais renda para o produtor”, destaca o professor Lange.

Hoje, 30% do Estado apresenta V% (Saturação por Bases) na faixa de 35% a 45% e 12% do Estado estão com V% abaixo com de 35%. Isso evidencia uma carência de fertilidade de solo. Esse dado chama atenção em levantamento feito com 20 mil amostras de solo em diferentes regiões do Estado. A literatura técnica aponta que a cada ano o índice de V% cai cerca de dez pontos e, por isso, é necessário que o produtor que preza pela produtividade em seu negócio suplemente as doses de calcário para que o V% se mantenha próximo a 60%.

Conforme pesquisa da UFMT, o incremento na aplicação de doses de calcário nas lavouras mato-grossenses assegura que produtores rurais, tanto na agricultura quanto na pecuária, consigam maior produtividade e renda em suas respectivas atividades. Os resultados apurados mostram que, no caso da soja, por exemplo, a ampliação em duas vezes no volume aplicado por hectare pode fazer a produtividade no Mato Grosso saltar da média estadual de 55 sacas/ha para 60 sacas/ha, se houver um bom manejo da lavoura.

Os estudos foram desenvolvidos em uma propriedade rural a cerca de 20 quilômetros da UFMT de Sinop, às margens da BR-163, e no próprio campus, onde plantas são cultivadas em vasos numa estufa monitorada. Todo o desenvolvimento dos pés de soja e milho é mensurado, sistematicamente, por professores e pelos alunos que auxiliam no trabalho científico.

Quatro safras depois da aplicação de altas doses de calcário em campo, os resultados de uma dose dobrada ficam evidentes: pés de soja com mais vagens, mais ramos, redução no nível de abortamento das plantas, com o chamado “efeito cimento” ampliado, que significa vagens mais “pregadas” à planta, mais firmes.

De acordo com o estudo, em Mato Grosso o calcário dolomítico foi e é largamente utilizado, o que pode ter levado alguns tipos e áreas de solo a um desequilibro entre os nutrientes cálcio e magnésio. Assim, o calcário calcítico, que contém maior porcentagem de cálcio, pode melhorar a relação Ca/Mg no solo, e por isso, é mais benéfico, trazendo melhores resultados ao tipo de solo predominante em Mato Grosso.

Segundo o Sinecal-MT, o consumo de calcário calcítico no Estado corresponde a 10% das comercializações. Está no planejamento do professor Lange implantar experimentos em outras quatro regiões do Estado, ainda em 2018.

Outros dados

O setor contribui e segue contribuindo para o desenvolvimento do Estado. Conforme a Famato, em Mato Grosso há mais de 34 mil produtores rurais. Esses produtores são os que estão enquadrados legalmente no Sistema CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil).

A expansão do calcário viabiliza a exploração mais intensificada em outros mercados, como a pecuária gerando mais empregos. Segundo a Acrimat, o Estado possui 100 mil propriedades cadastradas na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) como produtoras de gado bovino. Considerando esse grande universo pecuário, nos próximos meses, os pesquisadores da UFMT darão início a um estudo específico alusivo à calagem em pastos.








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