A WGSN indica que o mercado de panificação vegana continuará crescendo em 2021, alimentado por preocupações com o bem-estar animal, questões ambientais e melhores ingredientes.
A empresa de previsão de tendências de propriedade da Ascential examinou dados de mídia social e vendas de varejo online e descobriu que as conversas nas redes sociais sobre panificação aumentaram 12% em 2020 e as conversas sobre panificação vegana aumentaram 35%. “Houve muitos motivos pelos quais este foi um ótimo ano para olhar para a panificação vegana”, disse Kara Nielsen, diretora da plataforma de alimentos e bebidas da WGSN.
Os consumidores estão buscando inspiração em sites de receitas com base em plantas e influenciadores de mídia social. Receitas populares incluem bolos, pão de banana, cupcakes e sobremesas sazonais, com ingredientes como chocolate vegano, óleo de coco, pasta de vegetais e leite de aveia e nozes. “Estamos vendo muitas receitas e dicas para ajudar os consumidores domésticos que estão confusos em aprender como usar esses ingredientes”, disse Nielsen.
Os influenciadores também estão usando ingredientes naturais menos processados, como açúcar de coco e tâmaras para dar doçura, manteiga de nozes como aglutinante, e sementes de linho e chia reidratadas para dar umidade. As receitas geralmente se sobrepõem às dietas sem glúten, sem grãos, ceto, paleo e outras especiais, trazendo mais consumidores para o mercado de bolos veganos. “Projetamos que as marcas começarão a usar mais alternativas lácteas. Esperamos que mais leite de aveia seja usado como ingrediente de referência em receitas e produtos embalados”, disse Nielsen.
O surgimento de novas alternativas à manteiga vegetal feita de nozes ou aveia ajudou a apoiar mais produtos forneados veganos feitos em casa. Em 2019, a Upfield US lançou uma manteiga vegetal feita com óleo de amêndoa para panificação e recentemente lançou uma nova versão da sua manteiga vegetal. A Califia Farms dispõe de manteigas vegetais feitas com azeite de oliva e óleo de abacate, e a Kite Hill oferece uma manteiga vegetal feita com leite de amêndoa. “Manteigas, margarinas e gorduras vegetais voltadas para um novo estilo de vida já são comuns e estão sendo projetadas para serem mais apropriadas para panificação. Grandes empresas de panificação estão falando sobre isso e oferecendo receitas para as pessoas fazerem os seus produtos com esses itens veganos”, disse Nielsen.
Alternativas de ovos também estão criando oportunidades para a panificação doméstica. Os primeiros a serem disponibilizados no mercado incluem marcas naturais e especiais, como o da Eat Just, fabricante de alternativas vegetais de ovos. A Bob’s Red Mill oferece uma alternativa vegana sem glúten, feito com amido de batata e farinha de tapioca. A OGGS, sediada no Reino Unido, oferece o Aquafaba, um substituto líquido do ovo feito com o líquido de cozimento do grão de bico. “Alternativas de ovos como ingredientes industriais serão realmente poderosas, porque já sabemos como trabalhar com gordura vegetal”, comenta Nielsen.
Varejistas e marcas de especialidades e naturais começaram a aderir à tendência de panificação vegana com guloseimas preparadas e congeladas. E embora os produtos veganos representem uma pequena parcela da categoria geral de alimentos forneados, a WGSN espera que mais opções cheguem às prateleiras.