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."Criança não comer feijão-com-arroz não é problema”, diz endocrinologista

Todo pai ou mãe um dia se desesperou ao ver seu filho pequeno negar um belo prato de feijão-com-arroz. Afinal, na cabeça do brasileiro, esta é a base de uma verdadeira boa alimentação.

Porém, para o endocrinologista e professor Mauro Fisberg, essa queixa comum pode não ser necessariamente preocupante.

“Pensando-se globalmente, menos de um terço do mundo come arroz e feijão, e separados. Juntos, praticamente só os brasileiros. Então, não é uma queixa tão importante”, disse o endocrinologista recentemente, em entrevista ao Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC – Food Research Center).

Apesar de a combinação ser uma excelente fonte de energia, fibras, proteínas (aminoácidos) e poder fazer parte de uma alimentação cotidiana equilibrada, é preciso, segundo Fisberg, analisar se ela faz parte de um hábito familiar.

“Não comer arroz e feijão não é um problema nutricional, pois cereais, vitaminas e proteínas podem vir de alimentos substitutos”, diz ele.

Conversamos com o endocrinologista e professor Mauro Fisberg e a sua equipe do Centro de Dificuldades alimentares do Instituto Pensi sobre seletividade alimentar e distúrbios. Confira:

Quando a seletividade alimentar da criança é um problema?

Quando os responsáveis sentem-se estressados nos momentos das refeições e a relação com a criança é comprometida por este motivo. Além disso, o estado nutricional, peso, altura da criança devem ser acompanhados pelo pediatra ou nutricionista que vai avaliar se a recusa alimentar está ou não interferindo no desenvolvimento infantil.

É normal que crianças, em alguma fase da vida, comam pouco ou tenham reduzido o apetite? Quais seriam as causas desse comportamento?

A partir do primeiro ano de vida, quando a criança diminui a velocidade de crescimento e ganho de peso, é absolutamente esperado que o apetite dela diminua. Isto ocorre porque diminui o gasto energético que o bebê no início da vida tem com o ganho de peso.

A perda de apetite pode ser problemática quando surge como um sintoma de um quadro patológico, uma doença que deverá ser tratada. Assim que isso se finalize, o quadro do apetite volta ao normal. Por isso não se deve forçar as crianças a se alimentarem quando há uma recusa: sempre existe um motivo pelo qual ela não esta aceitando.

A fobia alimentar pode ser provocada?

Ela geralmente surge quando uma situação de refeição é forçada. Há várias formas de forçar uma criança a comer, tanto fisicamente como emocionalmente. Nenhuma das formas é benéfica em nenhum aspecto. Isso somente piora o quadro.

Quais os riscos de sermos pais rígidos demais com a alimentação dos filhos?

O limite é necessário e psiquicamente saudável para a criança, mas o equilíbrio deve sempre existir nesta relação e nas situações de refeições. Crianças não são robôs, são seres que podem querer (e têm o direito) comer ou não em determinado dia e hora. Quando há “rigidez demais” é retirada a autonomia da criança.

Fala-se muito em mindful eating, “no diet” e comer intuitivo. Esses conceitos servem para a alimentação infantil ou corre-se o risco de deixar a alimentação infantil livre demais?

A criança nasce praticando conceitos mindful sem nem saber que existe. Por exemplo: o bebê sabe a hora da sua fome, mama o suficiente e para de mamar quando satisfeito. Só come se tiver fome e aproveita o momento da refeição sem distrações. Com o crescimento, é comum que a família queria “forçar” o bebê a comer mais do que ele é capaz.

Quais tendências alimentares atuais feitas por adultos quando replicadas em crianças podem causar algum tipo problema?

Criança não é um adulto pequeno. Ela está em fase de desenvolvimento físico, mental e emocional. Nenhuma restrição alimentar proibitiva — como dieta — deve ser imposta à criança. Todas as dietas aplicadas a ela sem justificativa médica nutricional levará a prejuízo.

Qual a melhor forma de os pais se relacionarem com os filhos durante as refeições?

A liderança da alimentação e dos itens que serão oferecidos deve ser estabelecida pelo adulto responsável. Os adultos são responsáveis pela escolha do cardápio e a rotina das refeições. A criança deve determinar a quantidade que vai ingerir. O comportamento alimentar da criança deve preocupar sempre que ele for motivo de estresse nas refeições: quando isso influenciar as relações entre os familiares e também se alterar a relação da criança com a comida.








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