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Ingredientes naturalmente saudáveis


Os seres humanos têm um senso inato de apego às coisas naturais. Portanto, não é nenhuma surpresa que a maioria das pessoas, nas últimas décadas, tenha uma forte preferência por alimentos naturais. Pesquisas realizadas mundo afora revelam que os atributos alimentícios mais desejáveis são frescor, naturalidade e mínimo processamento, sendo que a naturalidade dos alimentos demonstra ser um “incentivo decisivo de compra”, além, é óbvio, da estreita conexão entre natural e saudável.

A naturalidade dos alimentos é uma construção altamente abstrata e difícil de ser quantificada ou medida. Além disso, o termo não é claramente definido ou regulamentado e está, portanto, aberto a uma ampla variedade de associações e interpretações individuais. Da mesma forma, o conceito de naturalidade com relação ao alimento é geralmente vago, obscuro e, às vezes, até enganoso para os consumidores.

Apesar das dificuldades em se definir cientificamente a naturalidade, os consumidores parecem não ter problemas em avaliar intuitivamente a naturalidade dos alimentos, o que leva a implicações práticas, ou seja, a importância da naturalidade para os consumidores tem importantes implicações para a indústria de alimentos e pode ter consequências não apenas para o desenvolvimento e comercialização de alimentos, mas também para o desenvolvimento de tecnologias alimentícias inovadoras.

Geralmente, os consumidores possuem interesses conflitantes quando se trata de alimentação: querem economizar tempo no preparo e, por isso, compram alimentos de conveniência, mas, ao mesmo tempo, gostam de alimentos não processados e naturais. Esse conflito de interesses pode representar uma oportunidade para a indústria de alimentos. Processos de produção, ingredientes, embalagens e marketing precisam ser combinados de forma que os consumidores percebam os produtos como alimentos naturais que tenham semelhanças com os tradicionais.

A importância da naturalidade já é mais do que uma tendência no mercado alimentício e negligenciar esse aspecto na indústria de alimentos pode se mostrar muito caro no final.

A definição do que é um produto alimentício natural tem sido objeto de discussão em todo o mundo há décadas. Apenas alguns países ao redor do mundo possuem regras definidas em sua legislação para o uso e para o termo natural. Até 2017, não havia uma definição internacionalmente aceita de ingrediente alimentício natural, mas uma nova especificação técnica da ISO - ISO/TS 19657: 2017 sobre definições e critérios técnicos para os ingredientes alimentícios serem considerados naturais, foi instituída para ajudar os profissionais do setor de alimentos e bebidas a falarem a mesma língua.

Inicialmente caracterizado como um mercado de nicho, restrito a poucas categorias de alimentos comercializados para um segmento específico de consumidores, os produtos naturais têm se espalhado em um espectro mais amplo de mercado. Diante dessas tendências, as empresas têm encontrado, ao mesmo tempo, oportunidades e desafios.

Natural, clean label, ecológico e sustentabilidade são as novas palavras-chave na indústria de alimentos e bebidas de hoje. Os produtos e ingredientes que contêm essas etiquetas criam demanda entre os consumidores e, portanto, influenciam significativamente a compra. As últimas duas décadas testemunharam a conscientização dos consumidores com relação a saúde e a busca por alternativas preventivas, ao invés de corretivas. E, nessa área, os alimentos e bebidas funcionais desempenham um papel importante, promovendo o conceito de "saúde em movimento". Mas para serem funcionais, esses alimentos e bebidas precisam conter ingredientes que promovam a saúde e o bem-estar.

A megatendência de saúde e bem-estar impulsiona o mercado global de ingredientes naturais. O aumento da incidência de transtornos relacionados ao estilo de vida, como doenças cardiovasculares (DCV), obesidade, osteoporose e diabetes, tem estimulado o desenvolvimento de alternativas naturais.

Os consumidores percebem os ingredientes naturais como opções que oferecem um impacto positivo na saúde; em contrapartida, os ingredientes sintéticos são vistos como prejudiciais à saúde. Como resultado, os fabricantes de alimentos prontamente responderam a essa situação, substituindo total ou parcialmente os ingredientes sintéticos por seus correspondentes naturais.

Muitos ingredientes sintéticos usados na indústria de alimentos e bebidas possuem uma alternativa natural. Alguns dos ingredientes naturais proeminentemente usados nas matrizes de alimentos incluem antioxidantes e antimicrobianos naturais, que ajudam a preservar o tempo de vida útil dos alimentos, ou agem como ingredientes funcionais, oferecendo benefícios para a saúde. Outros ingredientes naturais incluem vitaminas, fitoquímicos, carotenóides, proteínas e probióticos, que se destinam a fornecer benefícios funcionais.

Os ingredientes naturais também auxiliam na melhoria das propriedades sensoriais e texturais de alimentos e bebidas. Entre os aditivos alimentícios naturais, destacam-se os corantes e saborizantes naturais, que se enquadram na categoria de aditivos alimentícios sensoriais; e os emulsionantes naturais, amidos e gelificantes/hidrocolóides, utilizados para melhorar as propriedades texturais de alimentos e bebidas. Alguns ingredientes, como os antioxidantes naturais, desempenham um papel duplo, ou seja, são usados como ingrediente funcional, auxiliando no combater à doenças cardiovasculares, imunológicas e cutâneas, e também como aditivo alimentício, promovendo a extensão da vida útil e protegendo os produtos alimentícios contra a rancidez oxidativa.

A indústria de aromas naturais ocupa uma parcela significativa do mercado de ingredientes naturais; a adição de novos corantes naturais nas bebidas criou novos caminhos para inovações no mercado; e os aditivos texturais naturais padrão, como a lecitina, estão substituindo gradualmente as variantes sintéticas. Além disso, os antioxidantes naturais e antimicrobianos também têm sido um segmento lucrativo no mercado de ingredientes naturais. A vitamina E natural, os extratos de alecrim e os extratos de chá verde são exemplos típicos que mostraram um progresso notável.

Aliás, as plantas e extratos vegetais estão cada vez mais sendo integrados nas formulações alimentícias, podendo ser encontrados nos mais variados tipos de produtos colocados à disposição do mercado.

Mudanças nos hábitos de consumo, maior preocupação com a saúde e inclusão de alimentos mais saudáveis na dieta têm feito com que o mercado de produtos naturais ganhe cada vez mais espaço. Segundo dados da agência de pesquisas Euromonitor International, em 2016 o mercado brasileiro de alimentos e bebidas saudáveis chegou a registrar R$ 93,6 bilhões em vendas; as pesquisas da agência apontam um crescimento anual para o setor de 4,4% até 2021. Nos últimos cinco anos, o crescimento do setor de alimentos e bebidas saudáveis foi, em média, de 12,3% ao ano, de acordo com estudo da consultoria internacional Euromonitor. E não para por aí. Em 2019, a previsão é que o segmento de produtos naturais cresça ainda mais e atinja 50% neste ano, movimentando R$ 110 milhões.

Já o mercado global de alimentos e bebidas naturais foi avaliado em US$ 79,137 milhões em 2016 e estima-se que atinja US$ 191,973 milhões em 2023, crescendo a uma taxa de 13,7% de 2017 a 2023.

A América do Norte e a Europa são os principais mercados para ingredientes alimentícios naturais, representando aproximadamente 60% do mercado global. O Brasil é, atualmente, o quarto maior mercado para produtos saudáveis.

Os números realmente impressionam e chamam a atenção das indústrias de alimentos e bebidas, que passam a apostar na inclusão ou incremento de produtos naturais em seus portfólios.




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